20 de novembro é todo dia

20 de novembro é a data que estabelece um marcador político-social racial para lembrar que durante todo o ano existe uma batalha cotidiana de combate a todo o tipo de racismo, intolerância religiosa e a busca por igualdade e equidade racial.

Diariamente são denunciadas na mídia, práticas de todo tipo de violência racial, para dar exemplo flagrante, duas recentes veiculadas.

“Soldados da PM de São Paulo invadem uma escola com metralhadoras para intimidar gestores e educadores que cumpriam as diretrizes curriculares da lei 10.639/03”. A filha do “dito policial” comprovadamente despreparado intimidaram os servidores da escola. Sua filha desenhara um orixá, símbolo da expressão da cultura-afro, conforme orientação pedagógica. O que é isso senão crime de racismo cometido por servidor público, o que torna o crime ainda mais grave.

O segundo caso foi aquela torcedora do time de futebol Havaí em Florianópolis. Uma mulher branca proferiu ofensas e palavras racistas e xenófobas contra torcedores paraenses na partida entre Havaí e Remo pela série B do campeonato brasileiro. A torcedora pertencia ao quadro de conselheira do clube catarinense.

Esses dois exemplos são aqueles que compõem os inúmeros denunciados pelos meios de comunicação. E aqueles que não são sofrem os ecos das redes sociais e páginas noticiosas?

Essas manifestações racistas são demonstrações de que a data 20 de novembro é tão necessária quanto os desdobramentos que dela decorre, como os enfrentamentos a partir do acionamento do marco legal existente, como do tensionamento crítico e reflexivo por meio da educação e cultura, para a conscientização da população sobre igualdade racial.

O dia 20 de novembro é todo dia. Dia de luta.