A idéia desse projeto é contar as histórias e as memórias do Jardim Amanda, através de crônicas semanais. Serão narrados fatos e impressões por quem ainda mora no Jardim Amanda.

Quem é ou quem já foi morador do Jardim Amanda sabe que a abreviação usada para indicar a localização do bairro serve para facilitar a comunicação. Vou me embora para o Amanda. É uma espécie de intimidade geográfica, que identifica o sujeito na roda da conversa. Tratar o bairro como se trata alguém próximo é característico do morador, que tem no Jardim Amanda uma direção.
Poderia descrever ainda, algumas outras figuras de linguagens expressas pelos seus moradores que implicariam na demonstração de carinho e cumplicidade que desenvolveram pela quebrada. O que se aprendeu no passado escreverei a partir das crônicas.
Ante de falar do bairro, de suas histórias e memórias, é importante uma viagem ainda mais longa no passado. Eu diria para que fossemos até na raiz do que foi e como aconteceu o Amanda. Seu nascimento, suas origens e principalmente o seu povo. Os botecos e igrejas que se multiplicam pelas ruas, as ruas de terras empoeiradas no tempo seco, ou lama em tempos de chuva são marcas que os moradores mais antigos carregam na lembrança; o futebol que se mistura com a política. Enfim, um caldeirão de assuntos e demandas para tratar e pessoas para conversar.
Como um rio que corta vilarejos ribeirinhos, a Rodovia Campinas – Monte Mor é um guia para muitas pessoas. Foi assim e continua sendo. Como uma rodovia que nos conduz a um destino, ela registra em seus boletins momentos e instantes de centenas de vidas.
A rodovia e o Amanda são instantes históricos. Afinal de contas parte do êxito de muitos dos moradores tem a ver com a disponibilidade da SP 101 existir em toda a sua dimensão, e de seu propósito de servir a todos com um guia.
O Amanda é um Brasilzão dissera uma professora de Artes Cênicas que lecionava no CAIC do bairro certa vez. E de fato, o Jardim Amanda é um Brasil, com seus acertos e defeitos. Isso ninguém pode negar.
Até a próxima então