Saravá aos professores, capoeiragem diária

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Roda da Capoeiragem da escola Resistência de Capoeira Angola no Quilombo de Brotas em Itatiba-SP. Foto Luciano Medina

O que é o exercício da docência se não uma das dimensões da prática da capoeiragem. O que é o ensino se não a socialização do conhecimento. O professor socializa saberes.

No Brasil a prática professoral é uma luta diária, um ato de resistência em favor da transmissão do saber. Luta contras as condições precárias de trabalho. Luta corajosa contra a violência gratuita promovida pela desinformação e ignorância reacionária. Essa violência contaminou a classe trabalhadora.

Estabelecer equivalência entre o capoeirar na roda e o capoeirar em sala de aula é perfeitamente legítimo. O jogo de cintura, a malícia e malandragem do docente é usual para ajuda-lo nos argumentos e na resolução dos problemas gerados pelas condições existentes.

Essa designação do professor-capoeira e do capoeira-professor não tem pretensões de likes, trata-se de uma mobilização no sentindo de invocar a solidariedade de classe, afinal as demandas são comuns a todos.

E como já escrevi anteriormente ninguém joga capoeira sozinho é sempre com alguém, de forma coletiva e na perspectiva comunitária. É necessário que se reconheça essa estratégia comunitária.

Saravá aos professores e professoras capoeiras. Saravá capoeiragem do ensino e do saber. A luta continua.

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