Vivência na Roda com Marcos Pardim

305

Não é de agora o gingado de Pardim na cultura e na arte. Vem ainda quando criança ao ser atravessado pelas composições, ou melhor pela poesia como um divisor de águas e de mágoas como se refere ao lembrar da intervenção da professora na escola.

Podemos interpretar convenientemente se tratar das primeiras pernadas do capoeira Pardim, açodado desde cedo pelo conflito das idéias e das palavras. Características típicas de um mandingueiro no pé da roda da capoeiragem da vida.

Poeta e escritor, gestor público graduado e pós graduado, consultor em gestão e políticas culturais Marco faz parte de um seleto universo de gestores e fazedores culturais que se destacaram num período muito fértil da cultura brasileira.

Conhecedor profundo do círculo que compõe as políticas culturais, Pardim atuou como produtor cultural, foi ex-secretário de Cultura do município de Salto, ex-diretor de Cultura da cidade de Campo Limpo Paulista, além de integrar o coletivo de gestores culturais intermunicipais do interior paulista.

“A exemplo de Célio Turino, Mãe Isabel, Mãe Eleonora, Mãe Beth de Oxum, Alessandra Ribeiro, Mestre Lua e tantos outros ponteiros e gestores culturais Brasil afora, Marco integra esse Patrimônio Cultural de gente boa que se constituiu com o surgimento do então programa Cultura Viva. …Viva a Cultura”

São 37 anos de trabalho no segmento cultural. Além de testemunha in loco das transformações político-culturais do país desde a redemocratização. Pardim narra com conhecimento de causa os fundamentos teóricos e econômicos que nortearam a condução de cada política cultural desde a Lei Sarney até chegarmos na Lei Aldir Blanc. Diferente do que ouve e se lê a respeito de fomento e financiamento cultural nas redes sociais, Pardim domina os marcos legais que tem a trancos e barrancos dado sobrevida aos diversos setores culturais artísticos no Brasil.

Nesse papoeira Marco contextualiza e posiciona a política cultural brasileira no momento. Um papo que na verdade serve como uma aula, um seminário instrutivo àqueles que tem sede e disposição de se manter nas trincheiras e nas rodas da cultura. Ao mesmo tempo em que avalia as perspectivas para os próximos anos, enfatiza a indignação quanto ao tratamento dado pelo governo federal a artistas, fazedores e gestores culturais. “Não somos bandidos” vocifera o poeta ponteiro e capoeira desse universo que é a Cultura Viva.

Abaixo um pouco dos fundamentos assentados de Mestre Pardim na roda da capoeiragem do Capoeira.Net

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui