Que o projeto cívico militar nas escolas já era uma excrescência por origem, era sabido. Os resultados demonstrados me parecem catastróficos e previsiveis dado as diretrizes morais projetados por essa pedagogia militaresca. A pedagogia do ódio e da morte tem servido como doutrinação para um aliciamento ideológico com roupagem bastante conhecido como a história tem nos ensinado
A experiência registrada no Estado do Paraná na escola cívico militar está anos luz de um projeto pedagógico capaz de formar e emancipar qualquer sujeito. A razão dessa proposta nada mais é do que reproduzir uma prática de controle de corpos e de pensamentos. A individualidade e a singularidade de alunos são ceifadas por uma pedagogia homogeneizante que padroniza tudo e todos em um quadrado limitante.
Essa é a verdadeira razão desse tipo de proposta que tem como discurso semântico a transmissão de valores como disciplina e respeito como se esses fossem forjados à força e imposição, típico de regimes autoritários e violentos, que é o cerne dessa proposta cívico militar, cuja origem são os valores ultrapassados dos quartéis brasileiros, quer no exército quer na policia militar.
Ainda vivemos sobre a sombra e os resquícios de uma herança maldita. Mas a fresta de luz das lembranças dos porões tem iluminado novos caminhos, quiçá a punição dos golpistas do 8 de janeiro. Que os verdadeiros valores pedagógicos e educativos floresçam, como tem florescido de verdade por todas as escolas do Brasil afora, exceção a essas marchas. Axé